segunda-feira, 30 de julho de 2018

A importância de parar


Vivemos na era do cansaço constante. Começamos a semana cansados, acabamos os dias exaustos.
Existe inclusive o culto do cansaço, a ideia de que se não estivermos constantemente cansados, não estamos a fazer as coisas bem.

Infelizmente, o ritmo acelerado da sociedade moderna tem-nos ensinado a ignorar os sinais de alerta que o nosso corpo nos envia: aliás, passamos grande parte da vida a treinar as nossas mentes para fingir que os nossos corpos não estão cansados, precisamente para sermos mais produtivos.

Hoje quero falar da importância de parar, de descansar e de como poderá afectar-nos.
Vou falar da minha experiência, pois esta sou eu, a stressada, a que corre constantemente contra do tempo.

Os últimos tempos têm sido uma provação aos limites que consigo impor ao meu corpo e ao meu cérebro, antes de começar a falhar.

E cada vez mais dou importância ao tempo. Aquele que é meu, de mais ninguém.
Seguem pequenas dicas do que gosto de fazer para desligar-me do mundo e conseguir descansar.

Chegar a casa e deixar o mundo lá fora. Tirar a roupa, a maquilhagem e vestir a roupa mais confortável. Aquela t-shirt que já viu mil lavagens e está macia, o que funcione para cada um.

Tirar 5 minutos para parar. Respirar, não ligar a televisão, não cair na tentação da internet, simplesmente estar.

Num mundo ideal, descansaria o resto do dia, mas todos sabemos que isto não é bem assim.

Portanto, depois de fazer todas aquelas coisas chatas que toda a gente tem de fazer, uns mais, outros menos, o ideal seria antes de dormir (pelo menos meia hora) desligar todos os aparelhos electrónicos. Televisão, computadores, telemóveis.

E é aqui onde todos nós erramos. Estamos ligados até ao último segundo.

Para minha sanidade, cada vez mais sinto a necessidade de desligar-me, de isolar-me de algo que acaba por consumir a minha energia, mais do que ajuda-me a descansar.

Em dias de cansaço extremo, em que parece que o mundo nos engole os meus truques são sempre os mesmos.

Jantar leve,  reconfortante.

Duche ou banho quente. Para simular os mecanismos do nosso corpo antes de adormecer, o corpo aquece e depois arrefece para dormir. Por isso é essencial que o quarto não esteja demasiado quente ou frio.

Uma bebida calmante. Um chá sem cafeína, um copo de leite morno ou até um dos chás calmantes que existem no mercado.

Aromaterapia. Esta entra no duche, no detergente com que lavas os lençóis ou até em balsamos que podes aplicar em pontos de pressão , e que te ajudaram a enganar o teu cérebro a relaxar.

Gosto de aromas quentes, baunilha ou até mesmo lavanda.

Um saco de água quente, uma bolsa de lama ou até uma almofada de caroços de cereja, que possa relaxar os músculos. Por vezes temos tensões lombares ou nos ombros, que parece que não desaparecem, um destes, que possa ser aquecido até uma temperatura agradável é um belo investimento.

E ao deitar, relaxar os músculos, tentar fazer o exercício de relaxar cada músculo, um de cada vez, desde os dedos dos pés e ir subindo, um a um, a relaxar. Pensar num lugar onde gostamos de estar e o que estamos a fazer.

Tudo isto porque cada vez mais esquecemos-nos que o dormir pouco pode ter danos irreparáveis. E tratamo-lo como algo normal.

Pode conduzir a irritabilidade, dores no corpo, lapsos de memória, dores de cabeça entre muitos outros.

Há que ter atenção quando começamos a falhar em pequenas coisas do dia-a-dia.

Coisas que fazemos todos os dias, que de repente temos de olhar 3 vezes, para perceber o que estamos a fazer. Não ignorem estes sintomas.

Podem conduzir a sintomas mais graves.

O nosso descanso, não deve ser afectado por factores externos que nos dão conforto momentâneo, deve sim, ser valorizado e tido em conta como parte da nossa rotina diária.

Aguardo as vossas dicas para descansar, para sair do modo  “ligado” que estamos sempre.

4 comentários:

As coisas dela disse...

Devemos parar por opção antes que sejamos obrigadas a parar por obrigação... Contra mim falo que também ando sempre numa corrida contra o tempo... Beijinhos*

Andreia Morais disse...

Vivemos a vida como se fosse tudo para ontem e, depois, sofremos as consequências. Temos que aprender a abrandar e a cuidar mais de nós

Sofia Veloso disse...

Acho que devemos fazer as coisas ao nosso ritmo não ao dos outros pois temos de pensar também em nós
Beijinhos
Novo post // CantinhoDaSofia /Facebook /Intagram
Tem post novos todos os dias

Magui disse...

Cada vez mais tento fazer isso, até porque já não sou nenhuma jovem.
Gostei do teu texto
Beijinho