sábado, 3 de dezembro de 2016

Inspired by







Vai-se andando!


Se hà coisa que detesto ouvir é : " Vai-se andando!". Que coisa!
Vai-se andando como quem diz vai-se empurrando com a barriga, sinónimo de podia estar melhor porque nunca nada está bem, nunca nada é perfeito mesmo para quem não tem de que se queixar.
Sugestão para todos... porque não mudar o discurso para um mais positivo? Porque não responder tudo óptimo? porque não agradecer por cada dia em que acordamos, por cada oportunidade de ver filhos e netos crescerem, por puder efectivamente respirar,ver,falar,sentir e amar!
Será que somos capazes disso? Será que conseguimos retirar o tom negativo das expressões e atribuir-lhe uma conotação positiva que transmita confiança? Acho que sim.
Bem sei que os tempos estão difíceis mas não eram mais difíceis ainda no tempo dos nosso avós? E eles não viveram? Viveram e retiraram das pequenas coisas grandes alegrias.
Talvez o segredo da felicidade seja mesmo adoptar uma vida mais simples, mais poupada e mais minimalista.
Reaprender a viver e conseguir afirmar sempre : ESTÁ TUDO ÓPTIMO!
Este sim é neste momento um dos mantras da minha vida.

Via :Miminhos de Casa

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Estas palavras podiam ser minhas


Detesto esta coisa de blogues com conteúdos programados e que se limitam a falar dos mesmos temas a toda a hora e de uma forma excessivamente profissional. Com isto não quero dizer que não existem realmente bloggers que fazem um óptimo trabalho com este tipo de blogues, mas no meu entender são poucos/as aqueles/as que conseguem manter o seu toque pessoal ao mesmo tempo que tentam promover determinado produto.

Gosto de espontaneidade e de visitar um blogue sem saber ao certo o que irei encontrar. Gosto de bloguers que falem sobre si, sobre os seus planos, sobre a sua vida e do mundo em geral. Gosto tanto de bloguers que publicam várias vezes ao dia quer sejam publicações curtas ou longas assim como gosto em igual medida de bloguers que só publicam algumas vezes por mês. Gosto deste tipo de blogues porque são estes que fazem com que sinta algum grau de empatia pela pessoa que os escreve. São estes blogues que me me inspiram e que me fazem sorrir. São estes blogues que fazem com que fique com aquele sentimento de que conheço quem está do outro lado mesmo só ficando a conhecer aquilo que essa pessoa quer que os seus leitores conheçam. São estes blogues que eu visito diariamente e que me fazem sorrir com as suas conquistas e ficar triste com os seus momentos menos bons. São estes blogues espontâneos que me permitem sentir enquanto que os outros muitas vezes fazem-me sentir algo que não aprecio: indiferença.

Se conhecem blogues espontâneos como os que descrevi sintam-se no direito de os partilharem comigo. Ando desesperadamente a precisar de ler coisas novas.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

É curioso como não sei dizer quem sou.


Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo.
Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, depende de quando e como você me vê passar.
Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato. Tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras, sou irritável e firo facilmente. Também sou muito calma e perdôo logo.
Não esqueço nunca. Mas há poucas coisas de que eu me lembre. Tenho felicidade o bastante para ser doce, dificuldades para ser forte, tristeza para ser humana e esperança suficiente para ser feliz.
Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre.
Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração.
Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente.
Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para sempre...
Sou uma filha da natureza: quero pegar, sentir, tocar, ser.
E tudo isso já faz parte de um todo, de um mistério.
Sou uma só... Sou um ser...a única verdade é que vivo.
Sinceramente, eu vivo.

Clarice Lispector